Parece que
estamos a reviver um sonho mau. Um sonho que nos faz regressar ao passado, a um
passado que julgávamos morto e enterrado. Fez, em 30 de Janeiro oitenta anos
que Adolfo Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha e, ainda em 2013, fará oitenta
anos que outro personagem de triste memória, António de seu nome, outorgou ao
país uma nova Constituição, em que foram eliminadas as liberdades cívicas e
criado um “Estado Novo”. Mussolini já
tinha implantado o seu “fascismo”,
onze anos antes.
A mentira,
tal como naquela época, tornou-se lugar-comum, quer no nosso país, quer no
resto da Europa. A mentira e a dissimulação soam como palavras mágicas. Os
governantes usam-nas a seu belo prazer para amedrontar os povos e lançar o pânico
com o intuito de os tornar “mansos” para,
assim, puderem ultrapassar todas as barreiras e regras.
Os que mais
sofrem com estas medidas injustas e criminosas: trabalhadores por conta de
outrem; os mais velhos e sem idade para arranjarem um trabalho; ou os mais
novos, que ainda não conseguiram um emprego, protestam. Protestam e vêem para a
rua mostrar o seus desacordo mas, aqueles “homenzinhos”
pequenos e incompetentes que se instalaram em Bruxelas, julgando-se detentores
de toda a sabedoria não lhes dão ouvidos.
As populações
protestam, protestam e regressam a casa, para voltar a protestar num dia a
seguir. Apenas protestam, não dando o passo seguinte, por horror ao vazio e
pelo medo das consequências. Muitas mentes ainda sofrem a formatação dos tempos
das fogueiras da inquisição. Falta ao povo coragem para dar o passo seguinte e
devolver o medo a quem lhes mete medo.
Um poder sem
medo e sem respeito pelo seu povo vai sempre mais além. Vai até onde o deixarem
ir.
Se os
deixarmos continuar, até ao fim da legislatura, não ficará pedra sobre pedra
neste país à beira mar plantado. Tudo será destruído e os recursos delapidados.
O país, agora ocupado por interesses estrangeiros e governado por delegados
desses interesses, tornar-se-á num pântano desolado.
Os mais
velhos, classe que já não conta para estes novos senhores, porque não servem
para escravos serão deixados ao abandono. Espera-os uma velhice e um fim triste
para o resto dos seus dias. Aos mais novos, aqueles que ainda “rendem” restam duas hipóteses: aceitar
um trabalho escravo ou de servo da gleba como era antes do século XIX ou,
então, emigrar para desempenharem as mesmas funções de escravos, agora com a
ilusão de terem um trabalho livre e remunerado, satisfazendo os empregadores
desses países, novos colonizadores do século XXI.
É preciso agir, não podemos ficar
a assistir à destruição de um país com mais de oitocentos anos de história, impávidos
e serenos. Foi isso que fizeram os povos há oitenta anos e todos sabemos ao que
essa inacção conduziu!
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Disponível em:
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