domingo, 10 de março de 2013

A DITADURA FAZ O SEU CAMINHO ATÉ QUE…

Nuvens negras apresentam-se no horizonte, podíamos estar a falar do “tempo” porque elas – as nuvens – aí estão para nos infernizar. Mas, não falo dessas nuvens. As nuvens de que falo são de cor “castanho-escura” iguais àquelas que povoaram os céus da Europa nos anos trinta do século XX. Nuvens que deixaram um rasto de morte e de destruição e que, agora, surgem de novo no horizonte.


Parece que estamos a reviver um sonho mau. Um sonho que nos faz regressar ao passado, a um passado que julgávamos morto e enterrado. Fez, em 30 de Janeiro oitenta anos que Adolfo Hitler foi nomeado Chanceler da Alemanha e, ainda em 2013, fará oitenta anos que outro personagem de triste memória, António de seu nome, outorgou ao país uma nova Constituição, em que foram eliminadas as liberdades cívicas e criado um “Estado Novo”. Mussolini já tinha implantado o seu “fascismo”, onze anos antes.
A mentira, tal como naquela época, tornou-se lugar-comum, quer no nosso país, quer no resto da Europa. A mentira e a dissimulação soam como palavras mágicas. Os governantes usam-nas a seu belo prazer para amedrontar os povos e lançar o pânico com o intuito de os tornar “mansos” para, assim, puderem ultrapassar todas as barreiras e regras.

Os que mais sofrem com estas medidas injustas e criminosas: trabalhadores por conta de outrem; os mais velhos e sem idade para arranjarem um trabalho; ou os mais novos, que ainda não conseguiram um emprego, protestam. Protestam e vêem para a rua mostrar o seus desacordo mas, aqueles “homenzinhos” pequenos e incompetentes que se instalaram em Bruxelas, julgando-se detentores de toda a sabedoria não lhes dão ouvidos.

As populações protestam, protestam e regressam a casa, para voltar a protestar num dia a seguir. Apenas protestam, não dando o passo seguinte, por horror ao vazio e pelo medo das consequências. Muitas mentes ainda sofrem a formatação dos tempos das fogueiras da inquisição. Falta ao povo coragem para dar o passo seguinte e devolver o medo a quem lhes mete medo.
Um poder sem medo e sem respeito pelo seu povo vai sempre mais além. Vai até onde o deixarem ir.
Se os deixarmos continuar, até ao fim da legislatura, não ficará pedra sobre pedra neste país à beira mar plantado. Tudo será destruído e os recursos delapidados. O país, agora ocupado por interesses estrangeiros e governado por delegados desses interesses, tornar-se-á num pântano desolado.
Os mais velhos, classe que já não conta para estes novos senhores, porque não servem para escravos serão deixados ao abandono. Espera-os uma velhice e um fim triste para o resto dos seus dias. Aos mais novos, aqueles que ainda “rendem” restam duas hipóteses: aceitar um trabalho escravo ou de servo da gleba como era antes do século XIX ou, então, emigrar para desempenharem as mesmas funções de escravos, agora com a ilusão de terem um trabalho livre e remunerado, satisfazendo os empregadores desses países, novos colonizadores do século XXI.
É preciso agir, não podemos ficar a assistir à destruição de um país com mais de oitocentos anos de história, impávidos e serenos. Foi isso que fizeram os povos há oitenta anos e todos sabemos ao que essa inacção conduziu!
 

(1) Disponível em:
 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyZ2GhPV3FSZoiZG0n2C8v3nXWe4hKQbA8pHlqulj07xC9fQi44e5J5mEJqH6kilfbw8ohU57tXWVH2mX7T0y4Zrn4NUb72ymaTPBj-CmRXznFwHchmvEJqus7ryQqI2o_l7OdZMMv9rs/s400/Europa+devastada.JPG

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